sábado, 19 de abril de 2008
eu bani uma a uma as memórias. cortei as coisas que vinham junto, aos pedaços mal-feitos, como uma cirurgia mal-preparada, mal-feita, desesperada. tirei os quadros e esqueci seus autores suas cores o cheiro da terra da madeira das coisas. de vez em quando me lembro de um gesto na infância que risca a fogo tudo novamente. mas onde deveria haver algo, esqueci-me: e pela ausência do que era tento inventar, criando pela falta. depois dizem que minha memória é ruim: não é: é dilacerada.
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2 comentários:
que lindo
e, sem querer - ou um daqueles quereres que a gente nem sabe que quer - tocaste numa das feridas.
o que é bom... :-)=
vinícius,
fico feliz que meu texto para ti tenha te movido. só não me lembro exatamente por que escrevi isso para ti.. ; )
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