terça-feira, 14 de abril de 2009

querido nangue
com olhos negros e um guerreiro no peito

(me pergunto se é possível ser suave)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

sonhei que eu tinha um irmão maligno e que não possuía forma fixa: ele investigava, com espiões, o vilão de cinema que temíamos mais, e se transformava em algo parecido com ele. ele só tinha medo de mim, uma garota mais jovem do que sou e que tinha um amigo que me acompanhava.
era hora da janta - seis e meia - e eu chamei uma amiga de volta, disse que era tarde para sairmos para bandejar naquele horário, porque sabia que ele estava por perto. morávamos neste lugar que tinha uma grande escadaria de concreto que terminava em uma ponte de ferro que levava para o mundo, mas lá estava muito escuro, e havia janelas que podiam ser trancadas por toda a escadaria.
algumas pessoas que foram jantar foram alguns alunos meus
e eu retornando,
meu irmão decide atacar com sua gangue de monstros
me preocupo com meus alunos
tranco as janelas apontando para elas e dizendo: parafusos, se apertem. lock. lock. e eu testava se estavam bem presos dizendo: strong knock. e estavam. eu sabia que meu irmão não passaria pelas janelas.
teve um momento em que eu o vi. ele tinha várias formas.
às vezes acho que ele estava com um casaco preto, outras horas acho que não podia vê-lo, pois tinha mais medo de sua presença.
mas ele não me venceu. eu o afastei com magia e tranquei as portas, assegurei que a casa - escadaria estava bem protegida e olhava pelas janelas para saber se alguém tinha ficado para fora (parece que sim, mas não conseguia ver direito).
sabia que de manhã ele não atacaria ninguém
(ele tinha alguém morando dentro da torre, e eu descobria quem, que preenchia um programa online com os dados dos filmes que as pessoas viam, e o programa sugeririra um tipo de forma: mas acho que eu estava meio desperto)
e acho que me lembro de algo confuso: eu batalhei com ele, e o venci. ao mesmo tempo que eu havia matado e jogado-o no rio que víamos da janela da torre, ele estava presente. dentro da torre eu era mais poderoso/a que ele.
acordei.

quarta-feira, 8 de abril de 2009


(silenciosamente: uma concha seca.
dez pássaros mais um vão embora
alguém canta pra lá da parede
os móveis perdem o brilho
estava dormindo, então não vi)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

(penso: a terapia não pode me curar. posso fazer 40 anos disso e me tornaria, como todos que fazem, um auto-irônico.

as vezes desejo: um bálsamo que me curaria profundamente. eu o passaria sobre o peito e me acalmaria. até meu corpo esfriaria. haveria silêncio e vento por meia hora. )