terça-feira, 27 de janeiro de 2009
3
o espetáculo do amor dos outros. eles caem perto de mim em chamas. com um algodão seco suas feridas. daqui de onde estou não preciso me mover para conhecer: me dizem tudo. andam de olhos opacos. tenho um tipo de dureza dolorida. cansada. meio implorando por dissolver-me. e quando: por bondade serei derrotado. essa tensão se desfará. preciso dessa redenção e a procuro com estupidez. uma sutileza me interromperá a estupidez. uma flor imbecil. e incrivelmente leve. ficarei pasmo e histérico. com fé acredito que sim. nesse momento será preciso lembrar-se de tudo, esse é o nome de deus. serei bondoso com desconhecidos e íntegro até adormecer. me esquecerei porque não se pode lembrar do nome de deus. outro dia me dirá novamente. peço para que não se canse de repetir. não se canse. eu tentarei dizer também. a finalidade das coisas são as coisas. deve haver mais alguma coisa a se dizer. talvez eu tenha encontrado uma flor imbecil e por isso fico nervoso. e quero me lembrar de tudo. o tudo tem esse gosto de pano branco. é preciso não se esquecer.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
primeiro mistério
sonho que possuo quatro olhos. um deles me diz que eu sei tão pouco sobre mim que tenho de observar meus sonhos em busca de mim. o outro me diz que a purificação foi escondida atrás das imagens e textos e não se pode encontrá-la por inteiro. o terceiro me diz que tudo o que vejo quer dizer outra coisa que me ensina como devo ser. o quarto é de fogo e vê o invisível porque tenho fé que ele exista, e ele não me deixa dormir.
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