terça-feira, 10 de junho de 2008

uma sereia com cauda bífida tenta me arrastar até minas submarinas cor de cobre

encontro um barracão onde só eu ouço os gritos. nesse campo de concentração não consigo descer até o segundo andar, onde as velhas e velhos estão amarrados nos instrumentos onde morreram. no primeiro andar, abençôo com saliva as crianças mortas que tentam sair da casa, por falta d'água, depois de rezar. em nome de meu pai, eu te abençôo. quando consigo alguma água, jogo sobre elas, que fecham os olhos. saímos da casa em direção a uma grama baixa e escura, num morro onde não há mais nada.

Um comentário:

paulo raic disse...

ontem eu desenhei uma criatura semelhante a que você narrou, mandei por e-mail... ;)